domingo, 19 de fevereiro de 2012


Questiono-me se ainda pensas em mim de todas as vezes que me perco em ti. É muito mais fácil ouvir um silêncio que dizer a verdade, ou elaborar esquemas, fazer toda aquela bela arte de mentir, em que tu és sábio. Tenho saudades tuas. E nem te conheço. Nem sei que cara amanhã terás, qual o teu nome do meio. Qual a marca do cigarro que levas á boca, em qual sonhei viciar-me por ti. Se tal como eu, rias em frente ao computador, juntando sentimentos que nunca sentimos de verdade, rindo de gargalhadas que já esquecemos pelo tempo, onde me contavas tuas histórias de mil e uma noites que nem sei até que ponto também são traidoras da verdade. Andas meio escondido, nesse teu mundo onde eu não me enquadro. Fazes de conta que és dono de tudo, mas no final vejo-te sem nada. Múltiplas facetas para uma só pessoa. Meras coincidências que só me mostram uma verdade. Que preciso de ti? Que toda minha mente faz pesquisa por ti todo o tempo? Isso não é a mentira que o muda, a personagem ficticia que criei ainda mora deste lado, ainda que deseje que emigre para bem longe, para pôr fim a todos os contos de fadas, com um final feliz.

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